sexta-feira, 30 de julho de 2010

As seis eleitas

Quando penso em escolher SÓ 6 peças de roupa para passar um mês, o pensamento vai automaticamente para as minhas roupas preferidas. Mas aí eu lembro que, no fim de um mês de uso intenso, elas estarão surradas. Desisto e penso em outras. Até agora, já sei que usarei muito preto, primeiro porque emagrece e segundo porque é mais fácil de combinar e acessorizar sem errar. Acho que estou no caminho certo e fechei minha escolha:

Um jeans de lavagem mais escura, para ficar mais social se for preciso;
Uma pantalona de malha, bem soltinha, preta;
Um short jeans comportado;
Uma blusa baby look, também preta;
Uma blusa bege bem coringa:
Um vestido pretinho básico.

Tomara que eu tenha escolhido bem! Considerando que o meu uniforme no trabalho é uma blusa azul marinho, acho que vai dar para coordenar tudo sem achar que estou "sem roupa".

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A história do "Vestido de Missa" de minha mãe.

Meus pais vieram de famílias numerosas. Meus avós paternos tiveram 10 filhos e adotaram mais uma. Os maternos tiveram 9 filhos. Apesar de meus avós paternos viverem, na época, na zona rural e terem mais filhos, tinham melhores condições financeiras que meus avós maternos. Isso fica claro até na vivência dos meus pais. Meu pai estudou na capital, tinha carro... Luxos para os anos 50 e 60. As histórias que minha mãe conta são menos ricas, mas com significados bem tocantes.
Certo fim de ano, meu avô materno não tinha dinheiro para comprar nada pros filhos, que eram pequenos e cobravam presentes de Natal. Ele, então, teve a ideia de embalar itens das compras e dar aos filhos. Ao dar os presentes, ele explicou aos filhos a situação da família e o esforço que tinha feito para que todos tivessem o mínimo de dignidade no Natal. Fez questão de ressaltar que eles tinham a mesa farta, e que presentes não significavam nada. Minha mãe lembra de toda a cena, e de ter ganho a pasta de dentes...
Das histórias da infância e adolescência da minha mãe, contarei uma que tem a ver com o meu blog. Minha mãe tinha um "Vestido de Missa". Ela conta que uma vez por ano Vovó costurava uma roupa para cada um dos filhos, a roupa que seria usada em ocasiões mais sociais, como a missa do domingo. Automaticamente, a 'roupa de missa' do ano passado passava a ser do dia a dia. Ela conta que tinha umas 5 roupas de dia a dia e o tal "Vestido de Missa".  Minha mãe sempre diz que, no fim do ano, necessariamente, uma das roupas tinha que ser descartada pois já havia sido Vestido de Missa durante um ano e há cerca de 4 anos foi roupinha do dia a dia. Considere-se ainda que ela sempre morou em Amaraji e que o índice pluviométrico de lá é muito alto. Uma pessoa que só tem 5 roupas, lá, tem que fazer malabarismos para enxugar uma roupa antes de vestir de novo!
Os olhos de minha mãe se iluminam ao lembrar desse tempo! Ela já comentou, inclusive, que era incrível como ela precisava de tão pouco para se considerar feliz.
É aí onde eu queria chegar. Vivemos numa sociedade muito consumista. Eu confesso que às vezes me pego pensando que eu seria mais feliz se tivesse uma peça da marca tal, ou maaais um jeans. Será que isso me faria mais feliz? Ou será que, ao adquirir a peça, eu passaria a ter outros desejos consumistas? A minha resposta é a segunda. A de todo mundo também... Acertei? A gente nunca se contenta com o que tem!
Será que, ao fim da minha empreitada de um mês com 6 peças de roupa, eu me sentirei feliz ao vestir minhas roupas velhas preferidas e confortáveis? Será que eu darei mais valor às coisas que me custaram caro, alguns meses atrás? Fica a reflexão.
Daqui a um mês quero pensar nos dias do experimento e ter o mesmo brilho nos olhos com que minha mãe fala do Vestido de Missa!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A ideia do blog

Sempre admirei minhas amigas que tinham paciência o suficiente para manter um blog no ar. Acho muito doido alguém se apresentar como 'blogueiro' ou 'blogueira'. Parece que é uma profissão... Tá! Para alguns, não deixa de ser. Mas o fato é que nunca me senti preparada para dedicar meu tempo a escrever sobre algo que penso, ou até enquanto penso. Sabe quando as pessoas falam que, antes de ser mãe, é legal ter uma plantinha e um cachorro? Foi assim que decidi criar este blog. Ele começa hoje e tem prazo para terminar. É uma experiência. Se der certo, eu crio outro!
Como o nome do blog indica, estou me propondo a passar um mês inteiro APENAS com 6 peças de roupa. A ideia veio de uma notícia que li sobre uma americana que deciciu fazer isso, criou uma comunidade e hoje tem dezenas de seguidores ao redor do mundo. Pessoas dispostas a vencer o consumismo e economizar, doar o excedente para a caridade, se convencer de que tem, sim, roupa (momentos de TPM fazem as roupas sumirem do armário!) ou mesmo se propor a um novo desafio (meu caso).
Funciona assim: A pessoa escolhe 6 peças quaisquer do seu guarda-roupas. Lingerie, roupa de dormir, roupa de banho, casaco, uniforme do trabalho e roupa de academia estão de fora, por motivos óbvios. Acessórios também estão liberados. O desafio é vestir-se durante um mês somente com as 6 peças, dando um jeito multiplicar essa quantidade.
Estou escolhendo minhas peças. Provavelmente começarei a experiência no próximo domingo, para fechar 4 semanas. A cada dia, farei uma foto da produção e postarei no blog, junto com um pequeno relato do dia.

Para quem ficou interessado, aí vai a matéria que me fez entrar na experiência: http://video.br.msn.com/watch/video/seis-pecas-ou-menos/an76lj97
E o site da experiência: http://sixitemsorless.com/

O próximo post será melhor... Ainda estou aprendendo a mexer nesse negócio. Vou apanhar muito para aprender. Hehehehehe!